Os últimos jogos trouxeram para os jogadores uma dose de nostalgia, com os lançamentos de Silent Hill 2 Remake, Resident Evil 4 Remake e Dragon Ball: Sparking! Zero, voltamos no tempo, para os anos 2000, onde o PlayStation 2 reinava, nele os jogadores tinham acesso também aos jogos da série Dynasty Warriors, com a chegada de Dynasty Warriors: Origins, os gamers podem saborear mais um pouco de nostalgia, o que, as vezes, é muito bem-vindo.

Guerreiros! Venham aqui brigar!
Se você nunca jogou algum título da fraquia, Dynasty Warriors: Origins cumpre muito bem a missão de apresentar a saga para os novos jogadores.
Isso porque ele traz uma simplicidade e facilidade tremenda para aprendermos os comandos, com o trabalho excepcional da Koei Tecmo, é certo que os fãs de jogos de ação vão adorar a jornada.
Controlamos um personagem sem suas memórias, conhecido apenas como O Guardião da Paz, confesso que esta escolha de personagem que não fala e parece alheio com a história me deixa completamente desconectado com a história, parece que tudo ocorre independente de estarmos ali.

Se nosso protagonista tivesse maior participação, creio que a narrativa do game ficaria mais agradável de acompanhar.
Isso não prejudica a história, com personagens realmente interessantes, como Lu Bu e Cao Cao, estes que são figuras históricas reais, importantes da dinastias chinesas.
Inclusive, Lu Bu apareceu em muitos jogos, o que fortalece sua fama até os dias de hoje.
O jogo não possui algo complexo, os comandos são simples e respondem muito bem, com uma fluidez impressionante.

A principal atividade do game consiste em entrar no campo de batalha e sair derrotando infinitos inimigos até os dedos cansarem.
O que no começo parece fácil, mas certamente não é tão simples assim, pois certos objetivos precisam acontecer para levar o exército para a vitória.
Então é aqui que o game começa a ficar interessante em sua temática, como estamos com um exército, que em tela significa literalmente isso, com milhares de inimigos de um lado e outros milhares de aliados do outro.
Podemos ordenar ataque e defesa, além de ajudar nossos companheiros de guerra, pois caso o general sofra derrota, o jogo acaba.

Prenda a respiração e deseje a vitória
Quando iniciamos a guerra, temos as informações de como agir, temos que manter uma vantagem em combate, quanto mais tropas inimigas avançam, mais complicado fica.
Os comandantes podem sofrer derrotas, isso diminui a moral do exército, o que também gera dificuldade, como bases mais reforçadas e inimigos mais fortes.
Às vezes as tropas assumem uma estratégia diferente, indo para onde nossos aliados podem estar enfraquecidos, então é importante ficar de olho no mapa para saber onde ocorrem os ataques, para ir ao resgate dos nossos companheiros.

No meio disso tudo, o protagonista de Dynasty Warriors: Origins vai trucidando uma quantidade absurda de inimigos, que podemos dividir como os normais, que servem apenas para fazer volume, oferecendo ameaça baixa, os comandantes que possuem maior vida e golpes mais fortes, além de uma resistência maior e os chefes principais que são os verdadeiros inimigos que podem nos derrotar.

Porém, mesmo que eu tenha citado os inimigos com certa diferença, quem se diferencia mesmo no game acabam sendo apenas os chefes principais.
Estes por sua vez aparecem bem pouco, na maioria das vezes ficamos batalhando contra inimigos genéricos, isso se repete muito.
A distância de uma batalha de chefe para outra é absurda, o que me cansou, se não fosse pelo combate delicioso, seria difícil prosseguir.
A arte da guerra
Como já mencionado, a pérola do jogo acaba sendo seu combate, podemos escolher entre uma boa quantidade de armas, como bastão, espadas leves e pesadas, lanças, luvas de combate corpo-a-corpo etc.
Cada arma possui sua animação própria e níveis de proficiência, sendo que para cada nível alcançado as animações sofrem mudanças, com golpes ficam mais fortes.
Além disso não precisamos trocar entre as armas, para cada batalha ganhamos experiência suficiente para alcançar níveis com as demais armas.
Claro que a preferida chega ao nível máximo com maior velocidade, e uma arma favorita é quase certo que o jogador tenha.

O game dispõe de uma trilha sonora agradável o suficiente para caber dentro do tema e combinar bem com as batalhas.
Porém os gráficos não impressionam, mas não desagradam, as armaduras, as armas e o cenários possuem um bom trabalho.
Mesmo que o game não evolua para algo impressionante de fato, aos amantes da franquia é um prato cheio e para quem não for tão fã, pode esperar uma promoção e cair em uma guerra com combate agradável.
