Dying Light: The Beast é o capítulo mais divertido da franquia | Review

Após tantos anos com a cultura pop levando o monstro zumbi pra todos os cantos, a impressão que eu tenho é que todos os galhos dessa árvore foram explorados, mesmo os novos podem não parecer tão novos assim. Porém, existem capítulos que mesmo com todos os clichês ainda conseguem divertir, e um bom exemplo disse é Dying Light: The Beast, que até aqui, se tornou o título mais divertido da franquia!

O animal interior

Aqui vamos controlar Kyle Crane, protagonista do primeiro jogo da franquia, após os eventos terríveis que ele passou na mão do Barão, ele escapa e agora busca vingança contra o vilão do game.

Não sei se é necessário falar sobre como o game funciona como um todo, pois se você tá jogando o Dying Light: The Beast, muito provavelmente você jogou os demais.

Dying Light: The Beast
As coisas as vezes saem do controle…

Porém, algumas coisas merecem citação, como por exemplo a fluidez da gameplay que está em seu ápice, extremamente bem polida e com controles bastantes responsivos.

Além disso, em todos os jogos nós temos as pequenas inserções de novas mecânicas, aqui não é diferente.

Mas vamos com calma, pois o começo do game tem um impacto único no jogador, pois dá o tom do que vamos encontrar no decorrer do jogo.

A brutalidade aqui se eleva para o que a franquia sempre quis alcançar, e o título caiu como uma luva, não poderia ser outro.

Dying Light: The Beast
Estes zumbis não sabem onde eles se meteram.

A besta enjaulada dentro de Kyle clama por sair, quanto mais você sofre ou causa dano, a barra de fúria enche, e quando completa, Kyle se transforma automaticamente.

Para controlar este poder é necessário aumentar as habilidades de Kyle e torná-lo mais forte, até lá é necessário saber aproveitar cada surto.

Correr, saltar e sobreviver

O game possui algo que por um lado é bom e outro nem tanto, que é sua base, a mecânica de correr, saltar e ficar em choque quando a noite chega.

Bom porque os fãs veteranos pegam o controle e sabem o que fazer, e é ruim pois o jogo não parecer ter evoluído nesses anos.

Mesmo que aqui tenhamos literalmente uma transformação nova, a maior parte do gameplay é a mesma coisa.

Dying Light: The Beast
Um detalhe legal é que a bateria do comunicador vai acabando no decorrer do jogo.

Porém, isso não chega a ser ruim, pois o jogo nunca pareceu encarar isso como algo importante, eles poliram o que deu certo e mantiveram.

Kyle é o sobrevivente mais experiente deste mundo, e com ele o jogador pode ter certeza que vai conseguir enfrentar os mais terríveis monstros.

Além das armas clássicas, temos é claro as variações de cada uma, modificações que tornam as armas ainda mais letais.

Dying Light: The Beast

O modo RPG ativado faz desse jogo algo extremamente divertido, podemos usar armas que causam envenenamento, incineração entre outros status.

E Kyle é um lutador experiente, usar armas não é um problema, seja ela qual for, além disso, podemos usar golpes corpo a corpo para executar os inimigos.

As habilidades bestiais do personagem também auxiliam no parkour, com corridas mais rápidas, saltos maiores e claro, com o combate, com golpes devastadores.

Entre acertos e erros

Mesmo saindo em 2025, a qualidade gráfica do jogo deixa a desejar, não é feio, mas não chegou a hora de aparecer algo realmente diferente?

Vimos em outros títulos que é possível, entretanto, Dying Light: The Beast não segue este exemplo, as texturas simples e efeitos de luz fracos perdem a oportunidade de impressionar.

Outra coisa que desagrada é como a hitbox funciona, parece que ela decide quando você vai acertar e quando não.

A vastidão de um mundo destruído

Você desfere um golpe, acerta perfeitamente, faz o mesmo movimento, praticamente igual e erra, é uma loteria.

O mais seguro é chegar o mais perto possível do alvo, o que quase sempre gera um risco desnecessário, por sorte (ou não), isso funcionar para os inimigos também.

Em alguns momentos você esquiva perfeitamente do golpe do chefe, e depois o mesmo movimento é surpreendido com numa porrada inexplicável.

O que salva estes deslizes é justamente o que citei, as armas bem produzidas, os golpes devastadores e os momentos de ação desenfreada.

Dying Light: The Beast vale a pena?

A narrativa não é algo de outro mundo, o roteiro é simples, mas divertido, possui bons personagens e momentos marcantes.

Fracos, mas irritantes.

Temos aqui a jornada definitiva de Kyle Crane, em muito momentos vamos nos ver em situações extremamente emocionantes.

O terror, que não é tanto o foco, consegue dar as caras, principalmente em momentos noturnos, a escuridão toma conta e dá espaço ao medo.

Onde antes podemos agir livre e sem pressão, nas noites do game não tem como ficar tranquilo, é apenas tensão.

Outro ponto forte do game são as batalhas de chefes, podemos usar interações com o cenário, achar estratégias específicas para cada novo inimigo forte.

Além disso, para cada batalha um novo pode da besta pode aparecer, e isso por si só já motiva o jogador a batalhar pela vitória.

Cada canto fechado é um terror novo…

Dying Light: The Beast conserva o que deu certo na franquia e traz novidades simples mas bem vindas, os fãs certamente vão adorar, a jornada deste jogo soube levar com respeito o legado de Kyle e o transformou em um dos grandes heróis dos vídeo games.

Agradecimentos a Techland pelo envio da chave, esta review só foi possível pela confiança de vocês.

Dying Light: The Beast

NOTA - 8

8

BOM

Dying Light: The Beast conserva o que deu certo na franquia e traz novidades simples mas bem vindas, os fãs certamente vão adorar, a jornada deste jogo soube levar com respeito o legado de Kyle e o transformou em um dos grandes heróis dos vídeo games.