Não jogou ou não entendeu Death Stranding? Vem ver um resumo e explicação para te preparar para Death Stranding 2: On the Beach!

Um Mundo Dividido pela Morte

Death Stranding (2019), dirigido por Hideo Kojima, é uma obra que explora temas como isolamento, conexão humana e a fronteira entre vida e morte. Ambientado em um futuro pós-apocalíptico, o jogo apresenta um evento catastrórico chamado Death Stranding, que desencadeou uma fusão entre o mundo dos vivos e o dos mortos, resultando em criaturas fantasmagóricas (BTs), chuva aceleradora do tempo (Timefall) e a fragmentação da sociedade.

Os mortos desejam passagem

Neste artigo, mergulharemos na narrativa complexa do primeiro jogo, destacando elementos essenciais para compreender Death Stranding 2: On the Beach (2025), que continua a saga de Sam Bridges em uma jornada ainda mais ambiciosa.


Capítulo 1: O Colapso e o Renascimento de Sam Bridges

Sam Porter Bridges (Norman Reedus) é um entregador da organização Bridges, encarregado de reconectar as Cidades Unidas da América (UCA) após o colapso da civilização. Sua missão vai além de transportar pacotes: ele carrega consigo um BB Pod, um bebê pré-natal conectado ao mundo dos mortos, essencial para detectar BTs.

A Origem do Caos

O Death Stranding foi desencadeado por explosões quirais que romperam a barreira entre dimensões. Isso permitiu que entidades como os BTs — almas presas no limbo — invadissem o mundo físico. A Timefall, chuva que acelera o envelhecimento de tudo que toca, transformou paisagens em desertos e ameaçou a sobrevivência humana.

Sam e o Fardo do DOOMs

Sam possui DOOMs, uma habilidade que o permite sentir os BTs, mas não vê-los. Seu “nível de extinção” o torna crucial para a Bridges, liderada por Die-Hardman (Tommie Earl Jenkins). Porém, seu passado é marcado por traumas: ele é clone de Cliff Unger (Mads Mikkelsen), um soldado morto durante experiências quirais, e foi criado como ferramenta pelo governo.


Capítulo 2: A Reconexão e os Inimigos da Humanidade

A campanha de Sam envolve entregas perigosas, confrontos com MULEs (entregadores obcecados por carga) e a luta contra Higgs (Troy Baker), um antagonista que busca usar os BTs para dominar o mundo.

O Papel de Fragile e a Corrida Contra o Tempo

Fragile (Léa Seydoux), líder da empresa de logística Fragile Express, alia-se a Sam após ser traída por Higgs. Juntos, eles enfrentam Amelie (Lindsay Wagner), filha do presidente dos EUA, cujo corpo serve como ponte para o Mundo da Morte. Amelie, na verdade, é uma Extinction Entity, destinada a desencadear a extinção humana, mas hesita entre cumprir seu destino ou salvar a humanidade.

Cliff Unger: A Sombra do Passado

Cliff, pai biológico de Sam, é uma figura trágica. Preso em um limbo após morrer tentando resgatar seu filho (Sam) de experimentos, ele persegue Sam em alucinações, simbolizando a luta entre vida e morte. Sua história é revelada através de flashbacks, mostrando como as experiências quirais da Bridges o tornaram uma arma involuntária.


Capítulo 3: O Sistema Social Strand e a Filosofia por Trás das Entregas

Kojima descreve Death Stranding como um “jogo de ação/strand”, onde a conexão entre jogadores é central. O Social Strand System permite que estruturas construídas por um jogador (pontes, escadas) apareçam no mundo de outros, criando uma rede colaborativa. Esse mecanismo reflete o tema principal: a importância de reconstruir laços em um mundo fragmentado.

A Ironia das Curtidas

Ao contrário de jogos tradicionais, as “curtidas” recebidas por ajudar outros jogadores não conferem vantagens mecânicas, apenas reconhecimento simbólico. Kojima compara isso às redes sociais: um gesto que, embora vazio de recompensas tangíveis, alimenta a sensação de comunidade.


Capítulo 4: O Clímax e as Escolhas de Amelie

No final, Sam descobre que Amelie adiou a extinção para dar à humanidade uma chance de se reconectar. Ele a confronta no Mundo da Morte, onde decide destruir sua conexão com ela, encerrando temporariamente a ameaça. A conclusão mostra Sam adotando Lou, o BB Pod, simbolizando uma nova esperança.


Preparando-se para Death Stranding 2: On the Beach

A sequência, será lançada em 26 de junho de 2025, avança a história 11 meses após os eventos do primeiro jogo. Sam e Lou vivem no México, mas são arrastados para uma nova crise quando a APAC, uma corporação automatizada, substitui a Bridges. A jornada agora inclui a Austrália, explorando temas de colonialismo e os perigos da automação.

Novos Elementos Narrativos

  • Lou como Filha: A relação entre Sam e Lou é aprofundada, com revelações sobre sua origem.
  • Conflitos Geopolíticos: A DHV Magellan, base móvel, simboliza a expansão humana, enquanto a APAC reflete críticas à privatização de serviços essenciais.
  • Inimigos e Mecânicas: Novos BTs, como as Sentinelas, e sistemas de combate mais dinâmicos oferecem liberdade tática.

Lições do Primeiro Jogo

  • Conexão vs. Isolamento: Se o primeiro jogo pregava a união, On the Beach questiona: “Deveríamos mesmo ter nos conectado?
  • Legado de Cliff: A presença de George Miller (cocriador de Mad Max) no elenco sugere temas de resistência e sobrevivência.

Uma Obra que Desafia Convenções

Death Stranding ensaia uma meditação sobre solidão, esperança e resiliência. A narrativa densa e mecânicas [quase] inovadoras preparam o terreno para On the Beach, que promete expandir o universo com desafios morais e técnicos ainda maiores. Para os jogadores, a lição é clara: cada passo importa, e nenhuma entrega é apenas uma entrega.