Desenvolvido pela Reflector Entertainment e distribuído pela Bandai Namco Entertainment, Unknown 9: Awakening segue a história de Haroona, uma jovem aprendiz de magia que precisa trilhar uma jornada de vingança e autodescoberta.
Apesar da leva de bons jogos que tivemos nos últimos meses, não podemos esquecer que as vezes, se jogamos muitos jogos, vamos esbarrar em uma obra que fica entre o “ok” e o bom, o da vez é Unknown 9: Awakening.
E dizer que este jogo está no nível “ok”, não significa que ele não possua qualidades, porém, existem pontos que deixam a experiência incompleta.
O desconhecido
Haroona, a aprendiz de Reika, inicia sua jornada de aprendizado indo de encontro a um vilão característico, Vincent.
Vincent é o clássico vilão de filme de aventura da Sessão da Tarde, que possui um plano básico, com objetivos simples, e isso é tudo que você precisa saber sobre o “grande” vilão de Unknown 9.
Após a clássica abertura que serve para nos ensinar que o jogo mescla combate direto com furtividade, entramos de vez na narrativa do game, sabemos que o game se passa na Índia, não atoa chamaram a atriz Anya Chalotra para protagonizar Haroona.
Após uma passagem de tempo, Haroona, agora muito mais treinada, volta para o encalço de Vincent.
Entretanto, a história de Unknown 9 parece complexa demais para a mínima explicação que eles dão durante toda a campanha.
Além disso, são mistérios que podemos até querer acompanhar, descobrir onde tudo vai, mas o roteiro prefere ignorar e seguir tomando algumas decisões questionáveis.
Porém, como falei no começo, isso não significa que o jogo seja ruim, mas fica o aviso, se você busca algo rebuscado, vá com calma.
Combate sobrenatural
Um dos melhores pontos de Unknown 9 é seu combate, Haroona pode desferir socos e formar combos poderosos.
Conforme avançamos no game, Haroona aprende novas habilidades, o que gera novas formas de encarar as hordas de inimigos.
Entretanto, antes de seguir elogiando o combate, preciso falar das falhas que ele possui, muitas vezes a hitbox parece não existir para nossa personagem, e simplesmente fica perfeita para os inimigos.
Além disso, o combate quer ser desafiador em formas estressantes ao jogador, as vezes estamos desferindo golpes no adversário, e sem aviso, sem sinal, sem nada, ele revida com um golpe rápido e quase indefensável.
Além disso, uma das principais mecânicas do jogo, em que podemos incorporar os inimigos, as vezes falha, gastando um recurso valioso atoa.
Entretanto, quando o combate funciona (na maioria das vezes, ainda bem), ele é divertidíssimo.
Além de uma personagem que gosta de uma pancadaria franca, Haroona mescla com golpes direto do Umbral.
Durante os momentos de furtividade, os inimigos conseguem se adaptar bem quando percebem que algo está errado, e procuram bem até nos encontrar, mesmo que eles nos esqueçam de maneira rápida.
Quando ainda estamos escondido, existem diversas armadilhas e formas de levar os adversários para elas.
As hordas de inimigos são variadas e eles oferecem um desafio digno, além disso, as combinações entre os adversários é matadora.
Divididos em categorias, os inimigos cumprem exatamente sua função; atiradores apenas de longe, suporte sempre mantendo a distância e os focados em combate indo pra cima.
De fato é o combate é a melhor coisa neste jogo, quem gosta de algo mais frenético e estratégico ao mesmo tempo, vai adorar.
Os Nove Desconhecidos
Quando Unknown 9 tenta elevar as coisas, ele acaba falhando de vez, como disse, a história possui um mistério bom, mas como ela é contada acaba por não despertar interesse.
Por exemplo, em determinado ponto, vamos descobrir o Umbral, e dentro dele existe uma narrativa a parte.
Entretanto, isso poderia reverberar no mundo normal de alguma forma, mas não, mais uma coisa desperdiçada.
Além disso, quando precisamos adentrar em lugares que funciona única e exclusivamente para explicar a história, somos presos em puzzles chatos.
Ok, não costumo falar sobre a repetição em jogos, pois vídeo game possui repetição, é fato.
Mas a de Unknown 9 fica complicada de ignorar, além de puzzles chatos em excesso, ao passar da metade do jogo, a quantidade de horda de inimigos fica totalmente sem controle.
O jogo parece que esquece como acabar, e joga a maior quantidade de adversários possível.
E quando digo que é desbalanceado, é realmente desbalanceado, você passa por um acampamento, derrota os inimigos.
Sai desse acampamento e ao passar por uma abertura na parede, já existe outro acampamento.
E mesmo que o combate seja bom, após dez horas de jogo, o que mais queremos é que acabe logo.
Além desses pontos baixos, o jogo chega para a nova geração sem uma beleza aparente em seus gráficos.
Unknown 9: Awakening vale a pena?
Com muitos baixos e alguns altos, Unknown 9: Awakening oferece uma boa aventura de Sessão da Tarde.
Mesmo que ele se perca em seu roteiro e ofereça uma breguice quase palpável, pode ser um bom jogo para passar o tempo e aproveitar um fim de domingo.
Review feita com base em uma cópia cedida pela Bandai Namco Entertainment, agradecemos pela oportunidade.