The First Berserker Khazan – Brutal e acessível | Review

Para alegria de muitos (e tristeza de outros) mais um soulslike está entre nós, e este pode mudar a visão de alguns jogadores para o estilo, ou não, isso porque The First Berserker Khazan pode assustar no começo, mas se mostra muito mais uma decoreba de chefes do que um jogo verdadeiramente difícil.

Desenvolvido pela Neople, o game entra para a lista de soulslike que vão agregar muito mais fãs do que outros, pois ele se esforça para manter o jogador sempre na intenção de querer entender como o mundo do game funciona.

The First Berserker Khazan

A mesma e interessante história…

O game começa com a velha e já conhecida, história onde um grande herói acaba traído por seus súditos (ou outro tipo de personagem próximo), pois bem, controlamos o general Khazan, este que tem sua vida salva por uma espécie de fantasma que busca por um receptáculo, este que servirá para sua própria sobrevivência, ao mesmo tempo em que salva o protagonista.

Qualquer semelhança com qualquer outra narrativa não é coincidência, mas isso não significa que o game tem uma história ruim, ela só não me agradou.

The First Berserker Khazan

Mas vamos por partes, Khazan precisa partir na jornada em busca de justiça/vingança, contando com os poderes do espectro.

A primeira fase do game segue com o famoso tutorial, até mesmo o chefe da fase é apenas uma versão mais forte de inimigos comuns.

Após isso o game de fato começa, e vamos conhecer as mecânicas mais complexas, e aprender ou não ela define a intensidade da experiência do jogador.

Por exemplo, podemos bater com ataques fortes e fracos, consumindo a energia do personagem, administrar a stamina se mostra essencial.

The First Berserker Khazan

Pois sem ela é praticamente certo que iremos tomar um golpe absurdo, arrancando ainda mais energia.

Além disso, o protagonista conta com habilidades especiais que não precisam de stamina, mas gastam o espírito de luta, este recurso é tão valioso, que nem mesmo ao descansar nas espadas do nexus (bonfires) ele regenera, apenas usando itens ou em batalhas.

Unir isso com os combos das armas é o primeiro passo para dominar o game, a outra metade está relacionada aos inimigos.

The First Berserker Khazan

Observe, decore e execute

Tanto para os chefes, como para os inimigos comuns, decorar o padrão elimina quase que 70% de toda dor de cabeça no game.

Entretanto, saber disso não garante que o game fica fácil para todos, por exemplo, saber a hora de atacar e não administrar recursos não adianta.

Sendo assim, jogadores que conhecem o estilo já citado, certamente tira de letra todas as batalhas do game.

Todos, absolutamente todos os inimigos possuem uma agressividade cruel, e os chefes podem acabar com a luta em poucos golpes.

Porém, cada chefe possuem padrões que não mudam quase nunca, raramente ele tenta algo diferente ou muda sua rota de golpes.

Dito isto, ao decorar os golpes, sabemos o que fazer e acabamos por colocar os chefes mais sinistros no bolso.

Estes detalhes sozinhos já fazem do game um dos mais acessíveis dos soulslikes lançados, além disso, o game possui uma dificuldade facilitada, e ainda permite invocar guerreiros para nos ajudar nas batalhas.

A dificuldade pode aparecer dependendo da arma escolhida, pois algumas exigem um pouco mais de aprendizado.

Mas mesmo assim, o game se mostra muito mais acessível do que muitos lançados nos últimos anos.

Mais uma vez o medo de arriscar…

Simplesmente não consigo mais ver com bons olhos um jogo de mundo aberto ou semiaberto, em que o aventureiro não sobe uma elevação de poucos centímetros.

Limitação e “barreiras” que não passam uma verdadeira credibilidade de que realmente podemos passar por ali.

Há meios de fazer isso sem parecer preguiçoso ou forçado, nisso chegamos em um dos problemas que me desagradou.

O mundo do game, em uma aventura de fantasia, o mundo praticamente se torna um personagem da obra, com lugares marcantes.

Em The First Berserker Khazan nenhum dos cenários me marcou, para não dizer nenhum, o cenário em que enfrentamos o chefe final é bem legal.

Outro ponto bastante decepcionante, a variedade de inimigos, poucos diferentes, além disso, muitos acabam por reaparecer em missões secundárias.

Pelo menos os chefes principais possuem um design legal e golpes bem coreografados, as lutas se transformam em verdadeiras danças quando bem executadas.

Outro ponto que deveriam dar mais atenção (ou deveriam ter dado), a opção de armas, apenas três armas durante o jogo todo, tudo bem que cada uma delas conta com uma árvore de habilidade própria, mas para enjoar fica muito fácil.

No fim, The First Berserker Khazan entrega uma jornada que agrada, mas que poderia ser muito, mas muito mais.

Entre batalhas que remetem aos animes mais exagerados, o jogo talvez tenha um lugar guardado em quem conheça menos o estilo soulslike.

The First Berserker Khazan

Bom - 8

8

Bom

No fim, The First Berserker Khazan entrega uma jornada que agrada, mas que poderia ser muito, mas muito mais.

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