
Fontes do site SEScoops indicam que a Sony está estudando a aquisição da divisão de games da Warner Bros. Discovery, cujo desmembramento em duas unidades (“Global Networks” e “Streaming & Studios”) deve ser concluído até meados de 2026. Se confirmada, a operação envolveria estúdios renomados como NetherRealm, responsável pela franquia Mortal Kombat, Rocksteady, criadora da série Batman: Arkham, TT Games, conhecida pelas adaptações LEGO, Avalanche Software, desenvolvedora de Hogwarts Legacy, além da WB Games Montréal e outros times em desenvolvimento.
Expansão de IPs e sinergias cross‑media
Ao incorporar a nova unidade “Streaming & Studios”, a Sony passaria a deter marcas de peso como Harry Potter, DC Comics, Game of Thrones e Mortal Kombat, reforçando seu portfólio de entretenimento multimídia. Essa ampliação permitiria aprofundar a integração entre jogos, cinema e televisão, estratégia que a empresa já explora com sucesso em séries como The Last of Us e God of War. Além disso, a aquisição garantiria não só um pipeline robusto para o desenvolvimento de futuros lançamentos no PlayStation, mas também facilitaria a seleção de títulos premium para o mercado de PC, alinhando‑os à identidade de qualidade da marca.
Desafios na revitalização de franquias
Apesar do prestígio dos estúdios Warner, alguns títulos recentes levantaram dúvidas sobre a sustentabilidade de seus lançamentos. O jogo MultiVersus teve um início promissor, mas teve seu serviço encerrado após apenas três anos, enquanto produções como Gotham Knights e Suicide Squad: Kill the Justice League receberam avaliações mornas. Para a Sony, esse histórico impõe a necessidade de investimentos e de um planejamento estratégico rigoroso, de modo a revitalizar franquias já consagradas e assegurar que atinjam o nível de engajamento e qualidade esperado pelos jogadores.
Impacto regulatório e cenário competitivo
Uma negociação desse porte certamente chamaria a atenção de órgãos antitruste nos Estados Unidos e na Europa, dado o controle ampliado de propriedade intelectual que a Sony passaria a ter. Por outro lado, a estratégia de excluir os canais de TV e concentrar a compra apenas nos ativos de streaming e estúdios de games pode tornar o negócio mais palatável do ponto de vista regulatório, já que limita o alcance da fusão a um segmento específico do mercado de entretenimento.