RAKUGAKI: PINTANDO O MUNDO NOVAMENTE! | REVIEW

RKGK (Ou Rakugaki) é um jogo no estilo anime com mecânicas de grafite desenvolvido pela Wabisabi Games. O game traz nossa protagonista Valah e seu sidekick robótico Ayo  em sua luta contra o vilão Sr. Buff.

A missão da protagonista é reverter o mundo cinza deixado por Sr. Buff, onde pessoas foram transformadas em marionetes e todas as cores do mundo tornaram-se cinza.

Lançado oficialmente em 22 de maio, encontra-se disponível apenas para PC. Contando com puzzles, muita agilidade e recursos escondidos, traremos de volta às cores do mundo e pintaremos um novo dia!

O CINZA SERÁ TINGIDO!

Em RKGK, o mundo está completamente sem vida. Sr. Buff (vilão principal do game) é o responsável por tirar todas as cores do mundo e transformar as pessoas em bonecos. Sua aparência lembra muito o vilão principal da saga Sonic. Apresentado como uma espécie de cientista psicótico, o vilão absorve a criatividade e sonhos das pessoas através de telas que estão espalhadas por toda a cidade.

Valah e seu ajudante Ayo, são contra esse reino de tirania e estão dispostos a colorir o mundo novamente e livrar as pessoas do mundo sem cores. A protagonista conta com habilidades de escalada e parkour afim de concluir os diferentes desafios do jogo.

Em RKGK, temos que nos preocupar também com as invenções do cientista maluco, que variam de robôs menores até inimigos mais desafiadores com escudos. Use diferentes estratégias para derrota-los.

O objetivo principal logo é apresentado ao jogador. Devemos destruir algumas torres espalhadas pela cidade para termos a possibilidade de enfrentar e derrotar Sr. Buff definitivamente.

PROTAGONIZAR COM ESTILO

Em Rakugaki, controlamos a protagonista Valah e seu fiel colega de equipe Ayo. Cap City está mergulhada em um sistema implantado pela B Corp. que suga toda a esperança e a vida da cidade.

Uma esperança surge quando Valah decide se opor ao vilão (Sr. Buff), com suas latas de tinta, está disposta a trazer as cores de volta a cidade e libertar as pessoas do estado de marionete.

Suas latas de tinta são versáteis e ajudam na locomoção pela cidade, combate, exploração e é possível planar! Tudo isso deixando rastros de tinta com cores vibrantes por todo o cenário.

Posteriormente um recurso chamado “medidor de vandalismo” é adicionado ao jogo (estranho ser chamado de “vandalismo”), a medida que atacamos inimigos, grafitamos áreas do jogo e coletamos as caixas espalhadas pelo cenário esse medidor aumenta. Uma vez completo, ganhamos habilidades extras e mais velocidade.

Nesse modo a velocidade aumenta significativamente, e o recurso de surfar no chão se tornou um pouco difícil de controlar, mas não tive problemas com os demais comandos.

FRENÉTICO, MAS PRECISA DE ATENÇÃO

Em RKGK, concluir os cenários o mais rápido possível garante as melhores pontuações. Porém, o jogo possui uma estilo muito rápido e se não houver atenção, muitos itens podem passar despercebidos.

Certos itens estão no caminho de progressão do cenário, outros estão muito bem escondidos em locais que levam tempo para encontrarmos. Se você é o tipo de jogador que gosta de limpar todos os desafios, terá que entrar nos cenários mais de uma vez se quiser fechar 100%.

Há desafios para cumprirmos após o término dos cenários, eles envolvem:

• Terminar em um tempo específico
• Coletar as moedas espalhadas pelo cenário
• Eliminar todos as máquinas espalhadas pelo cenário
• Pintar todos os grafites
• Concluir sem morrer

Concluir objetivos extras aumenta a pontuação final. O jogador deverá jogador repetidas vezes o cenário se quiser concluir todos os objetivos. Esse modelo de cenário me lembrou muito a Saga Sonic e as piruetas da Valah me fizeram achar que estava jogando Crash Bandicoot novamente.

DESAFIO É O QUE NÃO FALTA

Rakugaki apresenta um jogo com elementos de exploração e combate, mas seu principal foco está voltado para coleta de troféus.

Entretanto, o jogo pode ser proveitoso para aqueles que querem fechar a campanha e derrotar o chefe final. Se você é o tipo de jogador que gosta de explorar canta canto dos cenários e fechar 100% dos desafios, RKGK é exatamente para você.

São muitos objetivos secundários dentro do jogo, propostas de concluir em tempo limite, encontrar objetos escondidos pelo cenário, comprar várias roupas e grafites.

ALIADOS TAMBÉM AJUDAM A PINTAR!

A medida que colorimos e avançamos pela cidade, conhecemos novos companheiros que ficam disponíveis no QG. Cada um nos ajuda a ficar mais forte e deixar nosso visual cada vez mais colorido.

Temos um NCP responsável por disponibilizar novas roupas para Valah e Ayo, outro responsável por liberar novas faixas de músicas que tocam durante o jogo e um último que nos concede acesso a novas roupas assim como novos grafites para usarmos nas explorações.

As opções de personalização são limitadas, é possível juntar peças de conjuntos diferentes de maneira individual, mas ainda existem muitas opções para testar.

USE FONES!

Fica aqui uma dica para você que for jogar Rakugaki. Use fones.

Fiz o teste com várias opções de qualidade sonora e é inegável que a experiência é melhor com os fones de ouvido. A imersão é muito maior, assim como jogar com controle pode ser mais vantajoso que usar o mouse e teclado.

Geralmente as empresas de jogos alertam os jogadores sobre o uso de fones e controles e em RKGK não é diferente. No caso de dúvidas, siga as orientações do jogo.

VALE A PENA JOGAR?

Rakugaki é sim um jogo que vale seu tempo de jogatina, acredito que existem pontos que você deva considerar. Mesmo havendo cenários com muitos objetivos para serem concluídos, há poucos cenários no geral. Claro que será necessário um bom tempo até fechar tudo, mas não existem grandes variedades de objetivos e dos que tem disponíveis, são repetitivos.

Não existe uma variedade grande de habilidades para desbloquearmos, então não espere ganhar superpoderes absurdos que jogarão tinta por todos os lados.

O mundo do jogo como um todo ficou limitado, os objetivos são repetidos, enquanto joguei me lembrei da repetição de Assassin’s Creed, mas neste os diferentes elementos do cenário enganam um pouco. Em RKGK a repetição de mostra logo de início.

Observar a movimentação de Valah é tremendamente satisfatório mas o jogo se resume apenas a isso, o que acaba voltando ao que comentei anteriormente sobre a repetição.

Apesar das críticas, achei o jogo muito divertido, mas possuía potencial para entregar muito mais. Os personagens principais da trama (Valah e Sr. Buff) tiveram total atenção no jogo, porém os personagens secundários ficaram extremamente apagados e fora do contexto do game.

Se a sua preferência de jogo está voltada para uma gameplay mais simples com muitos desafios, esse [e o jogo ideal para você. Caso seja o tipo de jogador que está mais acostumado com interações de diversos NCPS e busca um jogo repleto de funcionalidades, saiba que nesse sentido RKGK é muito mais simples e direto.

Aproveito para deixar meus agradecimentos à equipe da Wabisabi Games por ter disponibilizado a chave de acesso ao game e também a galera do Supernovas por ter dado a possibilidade de jogar essa obra de arte em forma de game.

Até a próxima!