Desenvolvido pela Invader Studios, o game é uma espécie de Resident Evil, mas em Daymare 1994, o foco é outro, seres alienígenas.
Após muitos anos, a indústria de jogos parece não ter mais muitas ideias novas, é claro que isso não resume todas as empresas e seus estúdios, mas parece que a cada ano que passa, novas ideias deixam de ser totalmente novas, mas veja bem, inspiração é algo que sempre aparece, e até aí tudo bem.
O problema é quando temos uma colcha de retalhos de muitas obras, Daymare 1994: Sandcastle não chega a ser isso, mas passa bem perto.
Busquem conhecimento!
O começo do jogo é bem padrão, ele nos leva em uma tentativa de explicar o passado da protagonista, a marrenta e corajosa Dalila Reyes.
E assumo culpa de não ter jogado o título anterior, apesar de bastante elogiado, então não possuo qualquer vínculo com a obra.
Após muita explicação, somos apresentados para os outros personagens, esses que são praticamente os únicos por metade da campanha, até que surjam os vilões.
Acho difícil analisar um game como esse, onde as inspirações em outros jogos do gênero gritam em todo canto.
A começar pela organização militar a qual pertence a protagonista, H.A.D.E.S, por sorte aqui não há um inimigo mortal atrás dela o tempo todo.
Após um chamado para investigar a Area 51, local onde lendas e mistérios residem desde sempre, vamos começar enfim nossa aventura.
Ok, é fácil perceber os clássicos jogos serviram como base para a saga Daymare, mas ele me lembrou bastante um clássico cult.
Quase que imediato me veio na mente Cold Fear, jogo lançado em 2005, e ele é um desses que pode ter passado despercebido para muitos.
Esse é um ponto positivo, já que estamos falando de dois bons jogos, Daymare e Cold Fear, mas o problema de Daymare começa quando ele quer ousar demais.
E isso pode ser um problema aos jogadores desavisados, é necessário determinação para entender que o jogo será agressivo, até em níveis menores de dificuldade.
Bem, chegando na Area 51, vamos começar entender que algo ali deu ruim, e se você não nasceu ontem, sabe que desse local só pode vir uma ameaça: aliens.
A cor que caiu do espaço
Os alienígenas de Daymare 1994 são diferentes dos que você deve pensar quando ouve palavras como ET, ou Alien.
Os desse jogo transitam entre os monstros de Silent Hill em algumas partes, em outras parecem os zumbis de Resident Evil 1, só que turbinados.
O combate do jogo, como falei, é frenético, isso vale para a protagonista que se move rapidamente, e vale ainda mais para inimigos.
A velocidade com que eles se movem e atacam é absurda, o que parece ser algo ok, até que recebermos o primeiro golpe.
Apesar de termos muitos recursos contra as criaturas, é fácil perder a paciência com a dificuldade do jogo, mesmo jogando no normal.
Pensem na agressividade dos monstros de Dead Space, agora junte isso com o fato de que, o dano dos inimigos é reduzido de acordo com a velocidade do seu dedo.
Quando agarrados pelos imigos normais (por sorte apenas esses) temos que apertar rapidamente o botão de ação, para que a protagonista se liberte.
Entretanto, enquanto não preenchermos a barra de soltura, a vida do nosso boneco se esvai em uma velocidade ridícula.
Junte isso com inimigos velozes e uma hitbox que falha muito mais do que o esperado, isso resulta em ataques que aparentemente não deveriam funcionar. Então teremos o primeiro fatora para que o jogador se irrite profundamente, os recursos como kits de cura e munições, são escassos, perder um deles por erro de programação é irritante.
Fogo no céu
Os alienígenas são feitos de energia, uma esfera de eletricidade flutua pelo cenário e possui um corpo, assim nascem os inimigos básicos.
Em Daymare 1994 não existem muitos inimigos, vamos enfrentar os corredores, esses que são os mais chatos quando estão em bandos, mas são fracos.
Temos os invocadores, que produzem as esferas de energia para que os corredores e outros tipos apareçam, esses são lentos, mas podem usar teletransporte, caso eles nos alcancem, nos derrotam com apenas um golpe.
Outros tipos como chefes aparecem durante a jornada, mas irei parar com as descrições para preservar a experiência de quem for jogar o game.
Os maiores pecados jogo são a falta de armas para usar e variedade de inimigos, Reyes possui apenas uma metralhadora e um escopeta no arsenal.
Porém, elas são suficientes para com ater todas as ameaças, e após algumas horas, temos acesso ao recurso do nitrogênio líquido.
Tal habilidade é a que define se vamos sair de uma luta gastando pouco ou muito recurso, e ela é essencial contra os imigos imortais.
As esferas que citei mais cedo no texto possuem corpos, quando derrotados, essas esferas saem e buscam novos receptáculos.
Caso o jogador não dê jeito na energia de outro mundo, vai enfrentar todos os corpos de uma sala, gastando assim mais recursos.
Usando a habilidade de congelamento, neutralizamos a ameaça por completo, inimigos imortais apenas perecem assim.
Durante nossa aventura, melhorias para armas e para a habilidade de congelamento aparecem, em especial, para a habilidade de congelamento, o jogador deve escolher bem.
Isso porque elas necessitam de uma bancada especial, nela existem um número X de habilidades, uma vez que o jogador escolhe a que mais lhe agrada, a bancada fica inutilizável.
Ninguém vai te salvar
Sempre que começo um jogo de terror, a primeira coisa que faço é ver se a atmosfera do game é de fato assustadora.
E em Daymare 1994 esse é um dos melhores pontos, cada cante que pesquisamos possui algo assustador, fora as criaturas, a trilha sonora ajuda bastante.
O jogo possui bons sustos e em momentos certeiros para pegar o jogador desprevenido, sem contar o gore contido em certas cenas.
Entretanto, o outro lado do jogo que poderia me chamar a atenção, é fraco demais, que é sua narrativa, não há nada que seja chamativo.
Sejam os protagonistas ou o próprio roteiro, que é desinteressante e cafona ao extremo.
Mas caso você não seja exigente, Daymare ainda é divertido e pode lhe dar bons sustos, encare o jogo como um filme b de terror.
Analise realizada com base em uma cópia cedida pela Invader Studios, agradecemos por confiar no trabalho de nossa equipe.