A Digital Foundry, através do seu canal no YouTube, publicou um vídeo que está causando certo furor na indústria. O tema é espinhoso: resolução em jogos. Nele, Jakub Knapik, da CD Projekt Red, além de Jacob Freeman e Bryan Catanzaro, da NVIDIA, falam sobre a implementação da tecnologia DLSS 3.5 em Cyberpunk 2077. Especificamente, eles tratam também acerca dos benefícios mais globais da escala e renderização quando alimentadas por inteligência artificial.
Catanzaro, que é vice-presidente de Pesquisa em Aprendizado Profundo e Aplicado da NVIDIA, teceu afirmações que podem ser consideradas polêmicas. Segundo ele, ter um game em resolução original já não deve ser tomado enquanto garantia de gráficos mais detalhados. Sua fala, de certa forma, encontra respaldo na atual situação da indústria de jogos. Afinal, ela caminha para uma dependência cada vez maior da reconstrução de imagem e renderização baseada em IA.
Ou seja, aprimorar os quesitos gráficos através da “força bruta” já não é mais uma solução ideal. Dessa forma, para os especialistas, “a lei de Moore está morta”. A lei, datada de 1965, afirmava que o poder de processamento de um computador dobraria a cada dois anos.
Portanto, passará a existir uma onda cada vez maior de introdução de tecnologias inteligentes. O ponto de virada, assim, está nestes entremeios. A partir das tecnologias inteligentes em formato DLSS, por exemplo, os detalhes aumentarão, e ainda com outro diferencial. Esta evolução contornará os cada vez menos significativos aumentos de desempenho à medida que as gerações passem.
Cyberpunk e sua resolução
Já sobre Cyberpunk 2077, Jakub Knapik informou que a implementação de ray tracing não teria acontecido sem as soluções DLSS. A tecnologia DLSS aumentou a margem de desempenho das GPUs. Com isso, CP2077 obteve simulações de iluminação em tempo real que seriam impossíveis através de renderização tradicional.
Catanzaro mostra-se confiante de que as tecnologias de aprimoramento por IA nos gráficos em games substituirão completamente a renderização tradicional. No lugar de criar algoritmos do zero através de métodos tradicionais de renderização, a indústria compreendeu algo. Que é possível alcançar mais com a ajuda de grandes conjuntos de dados usados para treinar IA, simplesmente.
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O mundo dos jogos, como o conhecíamos, por outro lado, pode está ficando para trás. Caso a Lei de Moore perca a sua relevância, então os algoritmos de IA poderão ser a única garantia no desenvolvimento de gráficos tridimensionais. Além disso, a resolução em jogos tende a ganhar novas nuances e ser alvo de novas discussões.
Assim, ao menos para a NVIDIA, desenvolver subsistemas de IA em novas placas de vídeo poderá se tornar uma prioridade.
O editor opina
A indústria dos jogos, como sempre, muda drasticamente quando menos esperamos. Contudo, é possível que estejamos vivenciando, e provavelmente estamos, apenas o início das mudanças que virão.
Através das tecnologias de inteligências artificiais, não será só a resolução dos jogos que irá mudar: é a indústria inteira.