Mandragora Whispers of the Witch Tree é incrível! | Review

Para fazer um bom RPG não basta colocar apenas os elementos já conhecidos, precisamos de algo que nos faça continuar mesmo quando o jogo nos “trava” em um local, algo que nos desperte aquela curiosidade boa, nesse quesito Mandragora Whispers of the Witch Tree acerta em cheio.

Desenvolvido pela Primal Game Studio, o game chegou e foi direto para minha lista de RPG’s desejados, pois não só sua estética, mas a ambição presente no projeto me impressionou bastante.

Pois bem, após algumas horas no mundo nada acolhedor de Faelduum, certamente posso dizer, mesmo antes de entrar de vez na review, que este é um dos grandes RPG’s do ano.

Um convite vindo da escuridão

Mesmo após jogar a versão BETA do game, que possuía um bom conteúdo, eu queria mais, e assim que passei do ponto da versão teste, soube que estava diante de um projeto ambicioso do time responsável por Mandragora Whispers of the Witch Tree.

E digo isso por conta do trabalho absurdo do time, tudo no jogo possui um esmero tão verdadeiro, que é impossível não admirar cada pixel da obra.

Além da ambientação que faz com maestria o trabalho de não nos deixar esquecer que estamos em um mundo cruel.

Temos a trilha sonora e uma sonoplastia absurda, isso gera uma atmosfera única do jogo, por exemplo, em determinado ponto entramos em uma casa que claramente é mal-assombrada, poderiam apostar no certo e ficar por isso mesmo, mas colocam sussurros, madeiras que estalam, choros baixos etc.

Ou quando estamos em uma floresta e o som parece querer ao mesmo tempo esconder e avisar que o perigo nos olha.

Vale lembrar que a arte do game é toda desenhada à mão, o que eleva ainda mais o jogo como uma verdadeira peça de arte.

Saiba quando agir…

A gameplay do game conta com uma fluidez absurdamente boa, e para quem quiser se aventurar dentro do game, saiba que ele não quer seu amigo hahahaha.

E digo isso com tranquilidade, não quero desmotivar possíveis leitores, mas Mandragora Whispers of the Witch Tree é muito, mas muito difícil.

Ou seja, amantes de soulslike uni-vos! Podemos criar nosso protagonista e escolher entre as clássicas classes que conhecemos.

Pois bem, uma vez dentro do jogo somos apresentados para as mecânicas básicas do jogo, bater, esquivar, escalar saltar, usar os golpes especiais etc.

Aqui administrar a stamina é de extrema importância, não pense que Mandragora Whispers of the Witch Tree é um hack n’ Slash.

Temos que estudar a batalha, às vezes atacar apenas uma vez é sábio, em outras, não atacar é ainda mais sábio.

Os inimigos contam com uma agressividade fora do comum, e qualquer vacilo significa fim de jogo. Precisamos ter paciência para seguir.

As batalhas contra chefes trazem aquele desafio bom que todo fã de jogos hard core gostam, onde estudar o chefe se torna obrigação, mas de forma alguma isso traz chatice.

Pelo contrário, cada novo e poderoso inimigo que fica em nosso caminho, nos motiva ou para ler melhor seus movimentos, ou para procurarmos outro caminho e voltar depois.

Se você quer um bom RPG, achou!

Já citei que o jogo é um excelente RPG, mas deixe tentar lhe convencer ainda mais, falando mais do mundo jogo.

Com fortes inspirações em Dark Souls, Mandragora Whispers of the Witch Tree carrega tudo de mais perigoso nas sombras.

Tentáculos que surgem de águas escuras, estruturas prontas para ceder, estacas pontiagudas, abismos, lâminas gigantes e mortais.

Entretanto, tudo isso somado com o level desing do jogo entregam uma experiência completa e de certa forma, deliciosa.

Além disso, as opções de builds dão ao jogador a opção de mesclar diferentes tipos de jogo, podemos escolher se focamos em apenas uma árvore de habilidade ou em mais de uma.

A complexidade das builds pode gerar um nó na mente do jogador, é normal ficar assustado ao ver quantas opções temos.

Podemos ter um cavaleiro com poderes de fogo, ou um assassino com habilidades únicas de sangramento e flertando com magia arcana.

Sem contar com os mistérios que envolvem a narrativa do game, tanto com as missões principais, como nas secundárias.

A narrativa do game se concentra em nosso protagonista que segue ordens de um clérigo de máxima patente.

Entretanto, em nossa jornada vamos conhecer personagens curiosos e descobrir que nem tudo é o que parece.

Mandragora Whispers of the Witch Tree entrou de vez na minha lista de preferidos do ano, mesmo estando apenas no mês cinco. Uma experiência digna para quem gosta de um bom desafio, uma obra incrível.