Lies of P: Overture | Traz originalidade em meio a um gênero saturado – Review

O aluno mais dedicado da faculdade Soulslike

Existem dois tipos de fãs do gênero soulslike; o que joga desde Demon’s Souls e passou por toda evolução e influência que este jogo teve em tantos outros e o que começou a jogar depois que as obras da FromSoftware já tinham seu brilho especial. Lies of P consegue algo único, agradar os dois tipos, quer algo mais de boa? Achou, quer algo mais desafiador para testar seus limites, achou, e como achou.

Aqui não temos só mais um soulslike, temos o aluno mais dedicado da universidade FromSoftware, um jogo que contém de tudo um pouco, e cada parte dele possui uma qualidade excepcional.

Confira nossa análise e nos conte se você jogou ou pretende jogar Lies of P: Overture.

Um passado não tão distante

A DLC Overture começa com um verdadeiro espetáculo, os gráficos impressionam, e tenho a impressão de que quando alguém quer mostrar beleza, eles escolhem um cenário gélido…

Lies of P: Overture
Pança de Mamute…

Pois bem, o conteúdo nos leva para um momento que, aparentemente, se passa alguns anos antes dos acontecimentos do jogo base.

Ou seja, temos de cara uma espécie de viagem no tempo e apresentada de uma forma simples, mas sem deixar de ser impactante.

Além disso, Lies of P: Overture trouxe o que tanto pedem em jogos desse estilo, uma opção de moldar a dificuldade de acordo com a escolha do jogador.

Lies of P: Overture
O lanchinho tá servido

Então temos o modo fácil, o normal e o difícil, que segue o padrão de dificuldade apresentado no jogo base, o desafio completo.

Mas, se você escolher uma dificuldade menor e ir para a DLC se dar bem, pode se surpreender, mesmo que seu personagem esteja forte, a DLC traz um desafio brutal.

Entretanto, o conteúdo também entrega armas, amuletos e novos braços fortíssimos, um conteúdo verdadeiramente completo.

Após os acontecimentos de Lies of P, Overture traz um vislumbre do que houve até que os títeres se revoltassem contra os humanos.

Lies of P: Overture
A cada novo chefe temos uma batalha ainda melhor.

Um dos pontos que mais gosto nesse tipo de obra, é a forma como o mundo nos conta histórias sem usar palavras, apenas mostrando.

Isso já vinha do jogo original, e aqui o capricho não só se mantém, mas se eleva para colocar este game na prateleira com outros grandes títulos.

Desafiadora fábula

Ao controlarmos nosso pequeno e bravo Pinóquio através dos desafios de Overture, podemos ver como o carinho desse estúdio se faz presente, os inimigos seguem a base de monstros já conhecidos no jogo base, porém, as variações surpreendem até o mais experiente dos jogadores.

Isso porque como mencionei, a DLC entrega um desafio enorme, então o mais simples dos monstros podem acabar com a energia do personagem com poucos golpes.

Lies of P: Overture
Até os cenários fechados são lindos

Aqui o level design segue a excelência de um bom soulslike, os caminhos e atalhos descobertos ao longo da jornada se conectam com perfeição.

Este trabalho só mostra a seriedade com que os idealizadores do estúdio tratam este jogo, seriedade essa que faltou em outros títulos.

Não basta só criar um jogo difícil, temos que ter algo que instigue o jogador a seguir, mesmo através de obstáculos, e não ficar tentando apenas despertar a fúria após um chefe nos trucidar.

Obras como Lies of P mostram que apesar de toda a influência da indústria, uma originalidade faz total diferença.

Lies of P: Overture
Prepare-se para algo desafiador.

Aqui temos como diferencial, a narrativa criada em cima de um dos maiores contos infantis da história, com uma seriedade sólida.

Além disso, a personalidade de Pinóquio e sua mania de mentir cria um tom fabuloso para o game, com o pequeno menino títere tentando ser humano, ou entendendo o que é ser humano.

Como em outros jogos, aqui a obra nos joga para um pensamento antigo da sociedade, o que nos faz humanos?

A cada novo momento de interação do garoto com humanos, ou títeres que possuam um comportamento atípico, sentimos que o estúdio consegui fazer da forma como queriam.

Desafios colossais

Os amantes de soulslike querem sempre um desafio maior e mais difícil conforme avançam no jogo, em Lies of P: Overture os chefes só melhoram.

Se vemos um ser animalesco e brutal vindo com toda a ferocidade em direção ao nosso personagem, ficamos amedrontados, porém, se um humanoide aparecer, prepase-se!

Lies of P: Overture
Pelo menos podemos ir nos “brinquedos” do circo…

As batalhas são intensas e cheias de animações belíssimas, seja por parte dos adversários ou por conta de nosso personagem.

Pra cada novo chefe derrotado, a sensação de dever cumprido se renova, de forma que chega sem impossível parar de jogar.

Após o final da DLC, fica complicado não querer que uma continuação seja anunciada o quanto antes, pois este jogo se tornou um ponto fora da curva.

Lies of P: Overture
“Tu é grande mas não é dois (ainda bem.)x”

Desafiador, cativante, belo e feito com carinho, Lies of P: Overture fica como o soulslike definitivo fora das mãos da FromSoftware.

O jogo roda praticamente perfeito, porém, em certos momentos a taxa de quadros cai por alguns segundos, mas em sua maioria roda perfeitamente em 60 fps, em minha jornada não presenciei nenhum bug ou travamento no jogo.

Entre mentiras e missões carregadas com sentimentos mistos, o jogo entrega tudo que os amantes desse estilo querem.

Análise feita com base em um cópia cedia pela NEOWIZ, agradecemos muito pela oportunidade.

Lies of P: Overture

Lies of P: Overture

SCORE - 9.3

9.3

Excelente!

Lies of P: Overture traz a experiência definitiva deste game magnifico, onde desafio e narrativa dançam em um baile cativante, se entregue para as mentiras, supere seus limites e conheça o aluno mais aplicado da escola Soulslike, que venha mais e mais jogos com essa qualidade,

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