DISGAEA 1: É HORA DE DOMINAR O NETHERWORLD!

Disgaea é uma série de jogos de RPG de turno onde temos dois objetivos: Chegar no pós e game ficarmos extremamente overpower para amassar qualquer inimigo com apenas uma skill.

De pequenos movimentos de espadas, até poderosíssimas invocações de seres místicos em forma de habilidades especiais, o game entrega uma gameplay divertida, um enredo engraçado e personagens memoráveis e cativantes.

Mesmo se tratando de um jogo antigo, para evitar spoilers, manterei sigilo quanto ao enredo e desenvolvimento do game, apresentando apenas alguns pontos que julgo ser de menor impacto na história pois assim pode servir de motivação para quem quer se aventurar no Netherworld e se tornar o novo overlord!

Acompanhe a análise do Supernovas de Disgaea 1 e venha conhecer um pouco mais sobre esse maravilhoso jogo!

O QUE É DISGAEA?

Disgaea 1 apresenta ótimos desafios.

Disgaea é uma série de jogos de RPG táticos desenvolvidos pela Nippon Ichi Software onde nosso foco basicamente gira em torno de avançar através de diversos cenários, liberar e criar personagens e farmar… farmar muito.

O primeiro jogo da série é conhecido por ter diferentes títulos em cada plataforma, sendo: Disgaea: Hour Of Darkness, Disgaea DS, Disgaea 1 complete e por fim intitulado Disgaea PC. Atualmente o game encontra-se disponível para Play Station 2, PSP, Nintendo DS e PC. Para facilitar as menções, vamos chamá-lo de Disgaea 1.

Um RPG de turnos com personagens em sprites e um visual 2D deixa o jogo muito nichado, para os jogadores da nova geração que estão acostumados com potentes gráficos e jogabilidade dinâmica pode ser um pouco estranho.

Contudo, não se engane sobre Disgaea, pois por mais simples que possa parecer, essa série faz aflorar um sentimento de “quero mais” em jogadores que gostam de desafios insanos e números altos.

Falaremos sobre o primeiro título dessa saga, seus desafios e personagens e por fim se ainda vale dar uma oportunidade para o game atualmente.

O NETHERWORLD PRECISA DE UM NOVO REI!

O despertar do príncipe Laharl.

De início somos apresentados a trama do jogo: Após acordar de um sono que durou 2 longos anos, Laharl (protagonista da história) descobre que seu pai, o rei Krichevskoy (e até então o overlord do Netherworld) morrera há algum tempo, logo todos os vassalos que estavam no castelo estavam à beira de iniciar um confronto entre si para tomar posse do trono.

Aquela que entrega essas notícias ao príncipe é a carismática Etna, a vassala mais fiel do falecido rei. Logo após atualizar Laharl sobre os eventos que ocorreram enquanto ele dormia ela diz que ele deve correr para conter a crise que estava se instaurando no Netherworld conquistando o respeito de todos os demônios para assumir seu cargo como novo overlord.

Ocorre que no Netherworld, para se tornar Overlord, de nada importa você ser filho do antigo rei. Se quer assumir o posto só existe uma maneira de consegui-lo: Usando a boa e velha força bruta.

Nesse contexto iniciamos Disgaea 1, e a aliança entre Laharl e Etna em sua busca por se tornar o novo overlord!

O CARISMA EM FOCO

As piadinhas trocadas entre os NPCs e o protagonista são ótimas.

Cada personagem de Disgaea 1 é excêntrico a sua maneira, e isso enriquece muito a narrativa. Devo dizer que nas primeiras duas vezes que zerei esse jogo, acompanhei absolutamente todos os diálogos, conversei com cada NCP e acompanhei todas as cutscenes.

Laharl é visto pelos vassalos do antigo rei como uma criança mimada e insuportável. Ele possui uma personalidade que muda entre uma pessoa arrogante e convencida e um pouco mais a frente no jogo se torna mais bondoso.

Etna por sua vez é piadista e sempre tenta tirar proveito das situações que o príncipe se envolve. Vez ou outra durante o jogo faz citações que constrangem Laharl o deixando furioso.

Mais adiante no jogo, somos apresentados a Flonne, um Anjo enviado de Celestia (mundo governado por anjos) que veio ao Netherworld assassinar o rei.

Consequentemente ela descobre que o rei está morto e sua vinda perde o sentido, porém ela percebe em Laharl um resquício de bondade e decide provar que até mesmo os demônios são capazes de sentir amor e então essa se torna a sua motivação quando entra para o time.

Disgaea 1 possui muitos outros personagens que entram na equipe através da história e todos possuem um contexto que é trabalhado de forma engraçada. Logo, no momento em que estão todos juntos o nível dos diálogos é insano de divertido.

QUANTO MAIS, MELHOR!

Em Disgaea o que não falta são opções de criação.

Em Disgaea 1, podemos obter personagens durante a história principal e outros que criamos a medida que alcançamos os requisitos para desbloqueio.

A quantidade de classes é razoável, indo de magos elementais até os próprios monstros encontrados no decorrer da história. Todos com habilidades úteis e possibilitam diversas estratégias de jogo, portanto, não deixe de conferir se existe alguma nova classe desbloqueada e fortifique seu time.

Portanto, lembre que há uma quantidade limite de personagens que podemos invocar nos cenários (10 por cenário), o ideal é pensarmos em estratégias que consistem em usar esse limite .

Contudo, uma vez que morrem em campo, o número máximo de personagens não aumenta e você terá que lidar com a situação com os que restaram.

Uma boa estratégia é repor os feridos, é possível levar um personagem de volta ao portal central e invocar outro no lugar dele.

Dessa forma você pode revezar entre eles e não perde a presença de campo.

É OPÇÃO QUE VOCÊ QUER? TOMA!

Em Disgaea 1 podemos obter até a lendária Excalibur!

Se está pensando que a diversidade está presente apenas na quantidade de personagens que podemos criar, está enganado.

Existe uma quantidade enorme de armaduras, armas e acessórios que podemos adquirir no jogo. Claro, cada um deles em escala muda apenas o visual e alguns status que ficam um pouco maiores sendo que algumas delas possuem status que outras não tem (para dar uma diferenciada).

Mas ainda sim é incrível a variedade de opções que estão disponíveis para escolha. Espadas, Arcos, Lanças, Punhos, capas, armaduras pesadas e leves, acessórios. São tantas opções que você pode tornar cada personagem equipado único.

Eu por exemplo, criava magos de batalha com armaduras pesadas e balanceava o dano mágico com as defesas.

Os monstros criados possuem um equipamento único, estes não podem usar as armas convencionais do jogo e até agradeço pois eles possuem status base bem altos em comparação com as classes humanoides.

AH… O PÓS GAME

Uma das sequências de cenários mais difíceis do game.

Alcançar o final do game é uma tarefa relativamente fácil, bastando apenas tomar cuidado com as vantagens elementais dos oponentes e atualizar seus equipamentos comprando novas armas através dos recursos de up das lojas. Mas é no final do jogo que as coisas começam a ficar boas de verdade.

Dentro do game existe um recurso chamado dark assembly, que basicamente é o recurso que será usado para liberar novos cenários, criar personagens etc. Através de votações dos senadores (que podem ser comprados), ganhamos a aprovação ou não de algum recurso. E é através da votação da cave of ordeals que temos contato com um dos cenários end game.

A cave of ordeals padrão (sem alterar a dificuldade do jogo) já é um baita desafio e cada cenário vai piorando cada vez mais, exigindo que o jogador use estratégias e tenha os personagens extremamente bem equipados se quiser ter sucesso.

Contudo, recomendo o farm até mais ou menos o nível 2000 antes de se aventurar por lá, e claro, possua os melhores equipamentos possíveis.

Existe um outro desafio a ser liberado chamado “Baal Castle”. Se quiser ter um plot twist no jogo, leia os diálogos após derrotar o chefão e ficará de queixo caído, pois ele incrementa uma informação muito importante para a história.

E AI, VALE APENA JOGAR?

Não poderia faltar um dragão.

Como disse anteriormente, disgaea é uma série de jogos muito nichado. Se não considerarmos esse detalhe, o jogo possui personagens cativantes, enredo engraçado e para aqueles mais competitivos ele tem um excelente desafio pós game.

Nem tudo é um mar de rosas, pode ser que em algum momento o jogo se torne muito maçante pois os cenários em suma são muito semelhantes. As diferentes classes de personagens nada mais são do que as classes base com recolors e status maiores. Sem falar no farm que é MUITO mais trabalhoso que nos demais títulos da série.

Contudo, mesmo com esses apontamentos ainda digo que é um jogo que vale muito apena. Ele não é o tipo de game que você deva ficar fissurado hora e horas pois tudo funciona de forma muito gradativa. Jogue aos poucos, vença os cenários, entenda as classes e se divirta com as inúmeras possibilidades e conquiste o Netherworld!

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