A franquia Call of Duty, lançada em 2003, rapidamente conquistou um lugar de destaque nos games de tiro em primeira pessoa (FPS), abordando temas de guerra, especialmente a Segunda Guerra Mundial. Esse contexto não é apenas cenário, mas um pano de fundo que carrega um peso histórico significativo. Estima-se que 60 milhões de vidas foram perdidas no conflito, tornando a Segunda Guerra Mundial um dos períodos mais sombrios e destrutivos da história. Ironia ou não, a franquia alcançou um faturamento superior a 30 milhões de dólares ao longo de seus 20 anos de existência, explorando o potencial de entretenimento que se encontra até mesmo nas representações mais brutais da guerra.
A origem de Call of Duty está ligada ao jogo Medal of Honor, criado por Steven Spielberg, que desejava retratar a guerra com uma pegada mais educativa. Spielberg, filho de judeus, trouxe uma perspectiva única ao tentar educar os jogadores sobre os horrores do conflito. Ao longo dos anos, Call of Duty se expandiu em diferentes frentes e narrativas, refletindo as mudanças nas tecnologias de jogos e a evolução de expectativas dos jogadores.
Com o avanço da franquia e a aquisição da Activision pela Microsoft, surge a oportunidade de reformular os próximos lançamentos, trazendo novas visões sobre a guerra e a experiência do jogador. Isso é especialmente relevante considerando que jogos extensos como Call of Duty inevitavelmente buscam se reinventar para se manterem atraentes e modernos, um esforço evidente na transição entre a era clássica e a moderna da franquia.
A franquia aproveita o conflito para explorar cenários de guerra épicos, como o Dia D e as missões de infiltração noturna, trazendo uma abordagem imersiva para os jogadores, que vivem a intensidade da batalha por meio de gráficos e efeitos sonoros realistas. Mesmo sem explorar o multiplayer em retrospectivas, o foco na campanha single-player permitiu que Call of Duty mergulhasse em uma narrativa dinâmica e cinematográfica, refletindo, ainda que de forma simplificada, a brutalidade da guerra.
Embora o primeiro Call of Duty possua limitações técnicas e narrativas em relação aos jogos mais recentes, ele serviu como um alicerce que permitiu o desenvolvimento da franquia. Hoje, Call of Duty continua como um dos principais nomes dos jogos de guerra, sendo um marco na indústria e trazendo uma nostalgia peculiar ao revisitar esse início. A série evoluiu ao longo dos anos, melhorando aspectos de design, narrativa e mecânicas, firmando-se como um ícone nos jogos de guerra e entretenimento eletrônico.