Mais um ano com inúmeros jogos com o já conhecido estilo Soulslike, e entre eles um especial para os gamers brasileiros, Deathbound, um jogo que chega tímido e pinta um futuro para os desenvolvedores.
O game é uma grande junção de ideias, mas possui uma originalidade que agrada até mesmo que não é acostumado com o estilo de jogo.
Acompanhe a nova cruzada
Desenvolvido pelo Trialforge Studio, Deathbound ganhou atenção de nós brasileiros, claro que em maior parte por ser um jogo que carrega nossa nacionalidade.
Além disso, a obra traz uma abordagem diferente o suficiente para instigar nossa curiosidade, sendo assim, o jogador é lançado em um mundo opressor.
Iniciamos no comando de uma espécie de Cavaleiro Templário, comandando um ataque contra o grupo rival.
A primeira hora de gameplay fica com o bom tutorial, onde aprendemos os comandos mais simples, onde alguns podem ficar confusos.
Entretanto, basta jogarmos por mais algumas horas para entender como a ideia dada ao jogo é um diferencial e tanto.
Sabemos que em um Soulslike, temos que nos preocupar com muitas coisas, entre elas nossa estamina e vida do protagonista.
Aqui logo vamos descobrir que nosso personagem terá que compartilhar o corpo com outros guerreiros, ambos com ideologias diferentes.
Ou seja, isso gera conflito interno, causando desvantagens entre eles, porém, quando um personagem concorda com o outro, ganhamos bônus em nossas habilidades.
Entretanto, mesmo com punições, a cada novo personagem que se une ao time pode incrementar novos combos.
Isso significa uma maior variedade de golpes, aumentando nossa capacidade de traçar estratégias novas.
É possível trocar entre os personagens entre os combos, porém, existem dificuldades em administrar o grupo.
Isso porque quando um personagem leva dano, sua vida obviamente cai, mas se usarmos o item de cura principal, a vida dos demais guerreiros cai um pouco.
Entretanto, ao acertamos os inimigos, para cada golpe um pouco de vida é ganho pelo restante do grupo.
Ou seja, saber quando trocar é algo indispensável para não ver a tela de game over muitas vezes durante nossa jornada.
Atrás das linhas inimigas
Um dos maiores acertos do game é a capacidade de criar situações aparentemente injustas, mas que servem para instigar o jogar a aprender o game.
Esta situação pode contar com inimigos fortes, ou hordas em meio a armadilhas que causam status negativos.
Iremos escolher quais personagens iremos usar, se em um RPG temos que escolher a build, em Deathbound isso não é problema.
Pois aqui podemos ter um grupo com; ladino, guerreiro, tanker e mago, além disso, podemos usar todas as classes com um clique.
Os desafios não fogem aos que já conhecemos, entretanto, talvez por conta da falta de experiência do time, a gameplay fica comprometida.
Podendo irritar muito o player, aqui temos o maior problema em um jogo desse tipo, hitbox problemática.
E claro que ela prejudica mais o jogador do que os inimigos, com golpes passando no vazio e certas esquivas que necessitam de uma precisão quase perfeita.
Mas a curva de aprendizado é boa o suficiente para não frustrar o jogador a ponto de fazê-lo desistir, a evolução é perceptível, é real a sensação de ficar mais forte.
O game possui uma boa variedade de inimigos, cenários bem trabalhados e boas trilhas sonoras, porém, essas possuem escassez, limitadas apenas a batalhas de chefes.
Os chefes possuem boas animações e oferecem um desafio bom, mas não passam longe de marcar o jogador de alguma forma.
No fim Deathbound serve um bom jogo, que possui muitas chances de ganhar uma continuação ainda melhor, espero que o grupo de desenvolvedores ganhe atenção suficiente para evoluir os novos projetos.
Em sua limitação, ele entrega a experiência honesta, alternando entre uma exploração ok e uma boa dose de combates contra chefes.
Deathbound
Veredito
Em sua limitação, Deathbound entrega uma experiência honesta, alternando entre uma exploração ok e uma boa dose de combates contra chefes.