De acordo com fontes da Reuters, a Comissão Europeia deve aprovar a aquisição de US$ 69 bilhões da Activision Blizzard pela Microsoft na próxima semana, com o dia 15 de maio sendo o mais provável para o anúncio da decisão.

A Comissão Europeia confirmou que pretende publicar seu veredito até 22 de maio, e já foi afirmado anteriormente que a disposição da Microsoft em oferecer acordos de licenciamento de jogos para concorrentes é provável que aborde suas preocupações antitruste.

No mês passado, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) anunciou que iria impedir o acordo devido a preocupações sobre seu impacto no futuro do mercado de jogos em nuvem.

Tanto a Microsoft quanto a Activision confirmaram rapidamente sua intenção de recorrer da decisão da CMA, que a primeira chamou de “prejudicial para a Grã-Bretanha” e a segunda rotulou de “irracional”.

De acordo com informações da imprensa, a Microsoft contratou um advogado conhecido por repetidamente derrotar o regulador da UE em casos de concorrência para liderar seu recurso contra a decisão da CMA.

O The Telegraph (via Yahoo Finance) informou na semana passada que a empresa havia nomeado Daniel Beard KC e planejava entrar com um recurso no Tribunal de Recurso de Concorrência do Reino Unido em questão de dias.

Com a aquisição, a Microsoft adicionará uma série de marcas de jogos populares, como Call of Duty, World of Warcraft e Candy Crush, ao seu portfólio, ampliando significativamente sua presença no mercado de jogos. A empresa já havia entrado no mercado de jogos com o Xbox, mas esta aquisição permitirá que ela expanda ainda mais sua participação no mercado de jogos de PC e mobile.

Enquanto isso, a decisão da Comissão Europeia pode ter implicações significativas para o futuro das fusões e aquisições no setor de tecnologia. A aquisição da Microsoft da Activision Blizzard é uma das maiores transações já feitas no setor de jogos, e pode levar a um aumento na pressão regulatória em fusões e aquisições em outros setores de tecnologia.

OPINIÃO DO EDITOR

Ainda não se sabe qual será a ação da Microsoft quando se tratar do Reino Unido. De forma discreta, Brad Smith, vice-presidente da Microsoft se pronunciou que com a decepção do bloqueio por parte da CMA, a empresa poderia se retirar do território, desestabilizando o setor tecnológico e chacoalhando a economia, além de retirar diversos investimentos. Atualmente, 20% de market share da Microsoft se concentra nos Estados Unidos, enquanto apenas 4% está no Reino Unido, quase o mesmo que no Brasil.