BLOOMTOWN: A DIFFERENT STORY O VERÃO MAIS DIFERENTE DE TODOS | Review

Bloomtown: A Different Story: O início da aventura.
Bloomtown: O início da aventura.

Bloomtown: A Different Story nos conta a história da jovem Emília e seu irmão Sérgio que iniciam suas férias de verão a caminho da casa de seu avô Sr. Copélio.

Emília apesar de jovem, parecer ser uma criança bem entendida de tudo, enquanto seu irmão Sérgio parece interpretar o mundo como uma grande fantasia, o que gera inúmeros diálogos extremamente engraçados no decorrer do jogo.

Na review de hoje, trarei meu parecer sobre a experiência que tive com esse jogo incrível, alguns pontos fortes e detalhes a melhorar, mas antes, gostaria de deixar meus agradecimentos a equipe da Lazy Bear Games e Different Sense Games por concederem a chave para do jogo para análise e claro a equipe do Supernovas por me permitir jogar e desenvolver a análise desse excelente jogo.

Vamos lá?

CIDADE DO INTERIOR SEMPRE TEM HISTÓRIA PRA CONTAR

Bloomtown: A Different Story A história do carro preto vai pra todos os lugares.
Bloomtown: A velha história do carro preto.

Bloomtown: A Different Story nos coloca em uma narrativa no melhor estilo persona. Controlamos a personagem Emília que está cuidando de seu irmãozinho Sério enquanto passam suas férias de verão na casa de seu Avô Sr Copélio.

Emília e Sério vieram da cidade de Chicago, e precisam enfrentar o tédio de uma cidade de interior. Emília é uma criança extremamente esperta e perceptiva, apesar da pouca idade, vemos que ela entende muito bem questões de mundo e o ponto de vista dos adultos (apesar de discordar de muitas coisas).

Sério por sua vez é uma criança que cria muita fantasia para tentar se animar e seguir sua Irmã pela aventura. Ele tem uma mentalidade bem infantilizada e a estratégia dele para se animar com a cidade é transforma-la em um grande mundo de fantasia.

Sr. Copélio, o avô dos jovens é o típico velho ranzinza que só reclama e que nada está bom. No começo do jogo ele é um grande brutamontes, mas vai afrouxando às rédeas enquanto desenvolvemos a história.

Em nosso primeiro dia em Bloomtown, enquanto dormimos, entramos em uma espécie de salão. Nele se encontra o nosso guia por toda a jornada. Lúcifer é um demônio que está preso naquela sala por uma ação de outros demônios mais fortes e agora cabe a nós derrotar cada um deles e salvar o mundo.

JOGO BONITO DE SE VER

Bloomtown: A Different Story Recebemos um quarto equipado para nossas atividades no subverso.
Bloomtown: Sr. Copélio entregou um quarto completamente equipado.

Um dos primeiros pontos que me chamou a atenção no jogo foi na arte das cidades e personagens. Como um grande apreciador de jogos como Disgaea, Ragnarok e relacionados, ver uma caracterização de cenários e personagens seguindo o mesmo estilo me deixou empolgado para visitar cada cenário diferente.

O legal aqui é a distribuição de cores de cores vivas, e os detalhes de cenário. Cada cenário tem suas particularidades, representando perfeitamente caba ambiente.

O trabalho de arte dos personagens está bem feito, os detalhes do combate, efeitos das habilidades, estão excelentes.

REFERÊNCIAS EM TODO LUGAR

Bloomtown: A Different Story Possui referências em praticamente todos os cenários.
Bloomtown: Referências em todo o lugar.

Outro ponto bacana que eu aprecio muito nos jogos são às referências.

Pude perceber durante a campanha do game muitas referências espalhadas por todo o cenário e até mesmo na narrativa do jogo (se não for uma referência de fato, é muito parecido).

Temos citações durante diálogos, cenários que refletem momentos específicos de outros jogos, um sistema de combate que é muito semelhante a série persona.

Então, enquanto jogava Bloomtown, percebi que minha animação vinha tanto da narrativa original do game, quanto dos elementos de cenário e gameplay que fazem referência a muitos outros jogos que pude jogar.

ATIVIDADES PRA DEITAR E ROLAR

Bloomtown: A Different Story Estande de tiro para melhorar a pontaria
Bloomtown: A Different Story possui diversos minigames para melhorar os atributos da Emília.

Outro ponto interessante de Bloomtown é a variedade de atividades extras que ele possui.

Nós trabalhamos para conseguir dinheiro, é possível participar de pescarias por vários cenários, podemos usar um estande de tiro, ir a academia, cinema, biblioteca.

São tantas atividades que o jogador precisa focar naquilo que quer maximizar antes de partir para o próximo ponto. Um detalhe aqui é que cada atividade melhora um dos traços da Emília, sendo eles: Encantamento, coragem, sabedoria e proficiência.

Todos esses traços influenciam na rolagem de dados e nos possibilitam fracassar ou concluir com sucesso algum diálogo específico ou ação específica no jogo.

Além das atividades para o aumento dos traços, existem outras como a produção de receitas de recuperação de vida e SP para uso durante a exploração do subverso e uma bancada onde podemos produzir várias ferramentas para ajudar no combate.

Ou seja, atividades não faltam.

COMBATE FÁCIL, MAS PRECISA DE ATENÇÃO

Bloomtown: A Different Story primeiro boss eliminado.
Bloomtown: Primeiro chefe derrotado.

Em Bloomtown percebi que algumas mecânicas ficam “escondidas” no jogo. Por exemplo, eu fui entender no último cenário a forma “correta” de capturar os demônios no subverso pois não rolou um tutorial um pouco mais objetivo no primeiro combate.

Como jogador de persona, eu sabia que se atacasse o inimigo com a sua fraqueza ele ficaria no chão e depois seria capturado, mas para novos jogadores não acostumados com essas dinâmicas, pode ser um pouco problemático.

Contudo, tirando esse detalhe, o restante do combate é bem intuitivo. Os personagens principais lutam e o inimigo luta na sequência. Valores de crítico influenciam no dano total do time e às diversas armas ajudam de formas diferentes durante os combates.

Outro ponto interessante é que os demônios capturados possuem utilidades diferentes contra cada inimigo. Eu por exemplo capturei um que me impossibilitava de sofrer qualquer dano físico e me ajudou MUITO nos chefes do jogo.

O PODER DA AMIZADE

Bloomtown: A Different Story Aumentar a amizade ajuda no combate.
Bloomtown: Aumentar a amizade ajuda no combate.

Bloomtown: A Different Story traz consigo a mecânica de desenvolvimento de amizade com os personagens que formam o time, e com outro personagem de fora.

Aumentar a amizade não significa apenas ganhar habilidades passivas extras. Conseguimos entender melhor às motivações de cada personagem.

Entendemos que muitos dos problemas que eles possuem, estão relacionados a questões da atualidade como o abandono dos pais, problemas familiares, questões psicológicas.

Acredito que essas interações aumentam a nossa empatia pelos personagens, fazendo com o que o jogo tenha um lado emocional maior do que apenas sair enfrentando demônios.

VALE A PENA JOGAR?

Bloomtown: A Different Story sempre tem criança envolvida em coisas bizarras.
Bloomtown: sempre tem criança envolvida em coisas bizarras.

Bloomtowm: A different Story é um jogo que vale a pena ser jogador. Possui uma narrativa envolvente, um bom desenvolvimento de cenários, personagens cativantes e um plot final que sem dúvidas te prenderá no jogo.

Contudo, alguns elementos poderiam ser melhor explicados, o combate por exemplo é um tanto confuso de entender por não haver uma explicação mais precisa.

O combate no subverso é legal até capturarmos todos os demônios que existem por lá, depois, se torna muito repetitivo. O mesmo vale para a atividade de trabalho no mundo normal, se torna muito repetitiva.

Mas ignorando a questão da repetição (que eventualmente acontece em todo RPG), o jogo entrega uma boa experiência e momentos engraçados.

Com isso, finalizo minha opinião sobre esse game incrível, espero que tenham gostado e assim como eu, tenham a oportunidade de jogá-lo. Um abraço e até a próxima.

BLOOMTOWN: A DIFFERENT STORY

NOTAS

BOM

Um bom jogo, ótima narrativa e desenvolvimento de personagens. Porém, peca um pouco no que se diz respeito às dicas de combate.

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