Alan Wake II – Night Springs | Review
Alan Wake II chegou ano passado e já conquistou seu lugar entre os melhores Survivor Horror já criados, e dizer isso não é exagero, pois com sua proposta mais ousada, em não entregar uma narrativa mastigada, o jogo da Remedy nos leva em uma jornada sombria e que não conseguimos largar até que tenhamos todas as respostas.
Assim chegamos até a primeira expansão do game, Night Springs, que conta com 3 episódios ambientados na série que é constantemente mencionada no jogo original, e mais do que apenas alguns capítulos avulsos, Night Springs nos traz mais mistérios sobre o que ocorreu e o que ainda vai acontecer.
Fã Número um
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O primeiro episódio mostra a personagem mais do que conhecida pelos fãs da obra, Rose Marigold e sua admiração inquebrável por Alan Wake, acompanhamos sua jornada em mais um dia no Oh Deer Diner, servindo seus clientes.
Acredito que assim como a maioria dos jogos da Remedy, Night Springs quer que o jogador tente enxergar mais do que é mostrado.
Com isso em mente, vamos entender (ou pelo menos tentar) essa fascinação bizarra de Rose por Alan, a começar por seus pensamentos, praticamente todos são voltados para o escritor, e mesmo quando ela realiza suas tarefas diárias, os diálogos sempre retornam para o tema “fã número um”.
![Night Springs](https://supernovas.gg/wp-content/uploads/2024/06/Alan-Wake-2_20240614102951-1024x576.jpg)
Como sabemos, a narrativa do jogo mescla o real e o que não é, causando assim aquela sensação de desconfiança toda vez que a gente acha que está tudo normal.
Além disso, se você jogou o primeiro Alan Wake e parou para assistir alguns episódios de Night Springs, sabe que o programa segue a mesma linha narrativa.
Rose recebe um chamado de Alan e decide partir para salvar seu escritor favorito, e aqui começa a loucura.
Proteger, Servir e Punir.
Tal qual um filme do Tarantino, começamos vendo uma garçonete em seu uniforme impecável, e iremos terminar com a protagonista coberta de sangue.
Sem contar com o seu quarto “secreto” que aparentemente saiu de um dos filmes da franquia John Wick.
Entretanto, para chegar até seu ídolo, Rose precisa acabar com algumas ameaças, entre elas o vilão Scratch.
O episódio de Rose possui diversa formas de interpretação, você pode simplesmente acreditar que é uma ficção dentro da ficção, aceitar que é apenas um programa de TV e pronto.
![Night Springs](https://supernovas.gg/wp-content/uploads/2024/06/Alan-Wake-2_20240609003418-1024x576.jpg)
Ou podemos enxergar aquilo como devaneios de Rose, em um sonho acordado em que ela é a heroína de Alan Wake.
Mas prefiro ficar com minha interpretação, de que a garçonete se tornou uma peça no xadrez maligno da Presença Obscura.
Estrela Polar
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No segundo episódio de Night Springs, temos um dos momentos mais aguardados da franquia, a aparição de Jesse Faden, devolvendo assim a visita, já que Alan surgiu em uma das expansões de Control.
Jesse está à procura de seu irmão, o que a leva até Coffee World, assim como o capítulo anterior, este será bastante curto.
Porém, ele entrega um dos melhores finais e é o que mais possui ligações com a história principal e com a continuação de Control.
Isso porque aqui vamos ter a participação do xerife Tim Breaker, mas algumas coisas podem gerar estranheza, primeiro, Jesse não usa seus poderes psíquicos, pelo menos não os de levitar objetos ou voar.
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Mas acaba por usar eles em uma espécie de intuição que nos serve de bússola, apesar do pouco tempo, o capítulo reserva uma sequência de eventos que trazem uma boa imersão.
Com alguns puzzles, Estrela Polar acaba por nos lembrar que Alan Wake e Control fazem parte do mesmo universo.
O final deste episódio faz os fãs suplicarem para que Control 2 seja enfim lançado.
Não é necessário jogar Control para entender este episódio de Night Springs, entretanto, quem jogou terá uma recompensa melhor.
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Ruptura do Tempo
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O terceiro e último capítulo acompanha Tim Breaker em o que para mim é entra em uma das melhores narrativas dos jogos de 2024.
O roteiro de Ruptura do Tempo é algo que faz o jogador pensar no que a Remedy reserva para o futuro da franquia.
Pois a história principal de Alan Wake II não é algo simples de entender, e se caso os eventos de Night Springs afetarem o jogo original, as coisas podem ficar ainda mais malucas.
Durante o episódio descobrimos que Tim possui muitas versões, espalhadas por universos diferentes e que há um vilão chamado Mr. Door, acabando com todas as versões de Tim Breaker que existem.
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O que nos mostra como a Remedy é versátil em sua forma de contar história, Sam Lake não brinca em serviço.
Durante o capítulo passamos por linhas diferentes através do tempo e espaço, alterando a aparência de Tim, o ambiente e até mesmo a gameplay.
E por mais que seja algo de certa forma simples, o simples quando lapidado ao máximo, acaba por entregar um sabor diferente.
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Tentar entender a ligação do personagem que aparece no jogo original com toda essa loucura pode dar um nó em nossas cabeças.
Como sabemos, Tim Breaker some e aparece em dimensões paralelas, completamente perdido, mas com a DLC, vem a pergunta: qual Tim Breaker é o original?
Além disso, o jogo entrega uma metalinguagem excelente, o vídeo game dentro do vídeo game, algo digno de elogios.
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Night Springs vale a pena?
Se você gostou do que viu no jogo principal, Night Springs entrega um gostinho a mais daquele mundo, nos jogando de cabeça em uma sopa de mistérios ainda mais complexos.
A DLC possui um tempo bastante curto, em menos de duas horas é possível terminar todos os episódios.
É caprichada assim como o jogo original, direção impecável e uma direção de arte fantástica.
Night Springs é mais um movimento preciso da Remedy, deixando o fã das franquias Control e Alan Wake ainda mais instigado pelos próximos jogos.
Alan Wake II - Night Springs
NOTA - 9.1
9.1
Excelente
Night Springs é mais um movimento preciso da Remedy, deixando o fã das franquias Control e Alan Wake ainda mais instigado pelos próximos jogos.