A toxicidade da comunidade gamer está buscando fazer uma nova vítima. Nova, aliás, é uma força de expressão, pois Alanah Pearce, anteriormente, já foi vítima do meio gamer.
Pearce, que acumula diversas funções na indústria dos jogos (streamer, youtuber, jornalista e roteirista de jogos), não tem vida fácil. Há bastante tempo sendo vítima de ameaças e perseguições, a jornalista é tão querida quanto, infelizmente, odiada.
Desta vez, ela se viu alvo de nova perseguição on-line por conta de algo que não deveria causar nenhum alarde. Porém, infelizmente, causou. E muito! Alanah Pearce, vejam só, está sendo moralmente assediada e importunada porque resolveu jogar Starfield. A causa maior da da perturbação à jornalista é porque o jogo, como sabemos, é um exclusivo da Microsoft.
O despertar da ira, na realidade, foi porque Pearce, desde 2020, é funcionária da Santa Mounica Studio. O estúdio, para quem não associou o nome ao seu “local” na indústria, é de propriedade da Sony. Assim, por conta da rivalidade entre usuários que investem horas praticando console war, Alanah é a vítima da vez.
Em um vídeo publicado hoje (7) em seu canal no YouTube, ela explicou o caso. Um detalhe é que o assédio foi praticado por jogadores brasileiros. É algo que ela relata a partir do minuto um do seu vídeo. Dessa forma, por ela ser roteirista da Sony Santa Monica, os jogadores se acharam no direito de pedirem a sua demissão.
Alanah Pearce e o caso de 2014
Há quase dez anos, a australiana recebeu ameaça(s) de estupro. Ela, que constantemente era importunada on-line, à época, resolveu tomar uma atitude: procurou as famílias dos agressores.
Por isso, na mesma época, em seu Twitter, Alanah tomou uma atitude e narrou-a na rede social. “Algumas vezes, garotos no Facebook me mandaram ameaças de estupro, estão comecei a contar para a mãe deles”, explicou.
O editor opina
Antes mesmo de opinar ainda mais incisivamente sobre o caso, é preciso dizer que o site Supernovas repudia o acontecido. Somos contra toda e qualquer prática de assédio, dentro ou fora dos ambientes de trabalho.
No caso de Alanah, por ela ser mulher, há ainda o agravante da misoginia, certamente. Quando houve o adiamento God of War: Ragnarok de 2021 para 2022, para quem não lembra, também houve ameaças. Ameaças, inclusive, de estupro coletivo. O próprio Cory Balrog, diretor do primeiro God of War, foi ao seu Twitter e condenou o acontecido.
Aproveito para manifestar, em nome da nossa equipe, nossa solidariedade às mulheres que sofrem assédios na indústria de jogos.